Como alguém que curte cinematografia, também aprecio muito fotografia. Em um mundo dominado pela fotografia digital e mídias sociais, um charme nostálgico está ganhando força novamente: câmeras analógicas! Outrora o coração da fotografia, essas máquinas estão voltando, encantando uma nova geração de entusiastas e reacendendo a paixão por uma maneira mais lenta, artesanal e genuína de capturar momentos.
A Beleza do Analógico: Por Que Está Voltando?
O fascínio pelas câmeras analógicas vai além de sua aparência vintage. Muitos fotógrafos, tanto iniciantes quanto experientes, estão redescobrindo o valor de:
O Processo Manual: Ajustar o foco, a abertura e o obturador manualmente transforma cada clique em um ato deliberado.
A Expectativa: Não saber o resultado imediato da foto é emocionante. Revelar um filme é como abrir um presente cheio de surpresas.
A Estética Única: Grãos sutis, cores autênticas e um toque de imperfeição criam imagens com personalidade que os filtros digitais tentam imitar, mas nunca conseguem replicar perfeitamente.
O Que Tornou o Analógico Popular Novamente?
Diversos fatores explicam o retorno das câmeras analógicas:
Movimento Retrô: Da moda à música, o vintage está em alta. As câmeras analógicas representam autenticidade e estilo.
Saturação Digital: Em um mundo onde tudo é instantâneo, o analógico oferece uma pausa, um respiro de criatividade sem pressa.
Comunidades Online: Redes como Instagram e TikTok têm promovido o uso de câmeras analógicas, incentivando a troca de experiências e dicas.
Por Onde Começar?
Se você está pensando em mergulhar no mundo das câmeras analógicas, aqui estão algumas dicas para começar:
Escolha a Câmera Ideal
Modelos clássicos como a Canon AE-1, a Nikon F2 ou câmeras de médio formato, como a Rolleiflex, são ótimos pontos de partida. Pesquise e escolha algo que se adapte ao seu orçamento e estilo.
Compre Filmes de Qualidade
Filmes como o Kodak Portra, FujiColor ou Ilford (para preto e branco) são ideais para iniciantes. Cada um oferece características únicas que vale a pena explorar.
Aprenda o Básico
Entender os princípios de exposição, ISO e composição é essencial. Além disso, aproveite para experimentar com múltiplas exposições e longas exposições.
Revele Suas Fotos Localmente ou em Casa
Muitos laboratórios ainda revelam filmes, mas você também pode aprender a revelar suas próprias fotos para uma experiência ainda mais pessoal.
O Encanto da Fotografia Tangível
Um dos maiores atrativos das câmeras analógicas é a possibilidade de criar algo físico. Imprimir fotos, montar álbuns ou até pendurar suas imagens em quadros resgata a conexão emocional com a fotografia.
Fotografar com Intenção
Com o analógico, cada clique custa tempo e dinheiro, o que nos faz pensar antes de apertar o obturador. Essa abordagem promove uma apreciação mais profunda pelo que está sendo capturado e reforça o valor de viver o momento.
Uma Experiência para os Sentidos
Câmeras analógicas não são apenas ferramentas fotográficas; elas oferecem uma jornada artística, nostálgica e até meditativa. Em um mundo cada vez mais digital, o analógico nos lembra de desacelerar, apreciar os detalhes e celebrar a beleza do imperfeito.
Seja para redescobrir o passado ou criar algo novo, pegar uma câmera analógica e sair por aí capturando o mundo pode ser uma das experiências mais satisfatórias e encantadoras que você pode ter. Que tal dar esse passo e ver a vida através de uma lente retrô?









Este filme gira em torno de dois amigos, um capanga da máfia e um gerente de casino, que competem entre si pelo império do Casino Tangiers. Poder, dinheiro e assassinato fazem parte doargumento deste policial/drama.



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Hoje, a animação em Portugal esta mais madura, mas enfrenta dificuldades. Sendo um género que, mais do que as longas metragens, carece de subsídios e de um meio ambiente propicio, o encerramento do estúdio Animatógrafo, liderado por Abi Feijó, e as dificuldades que tem sofrido a Casa da animação, no Porto, são sinais visíveis de um ciclo recessivo. A «Suspeita», realizada por José Miguel Ribeiro, em 1999, foi o ponto alto desta arte, quem tem a vantagem de não ter de se subordinar aos meios «reais» do cinema, convidando a percorrer os caminhos das imaginação.