Os festivais de filmes são eventos imperdíveis que permitem que você possa assitir a grandes filmes trazendo mais cultura e entretenimento para a população. Vamos falar um pouco sobre os principais festivais de cinema que ocorreram em Portugal recentemente, portanto, vale a pena ficar ligado para as próximas edições.
Cinanima 2017
Para você que gosta de filmes de animação o Cinanima foi um evento que mostrou o que há de melhor neste setor tão amado pelos fãs do cinema. O filme “A Abençoada Morte Acidental” (uma animação romena) foi a grande vencedora da 41ª edição do Cinanima. A história do curta metragem mostra a vida de um homem que fala a respeito da infância e sua casa lembrando fatos importantes.
O Cinanima também oferece sessões especiais para a família com grandes amostras cinematográficas. Vale a pena conferir a programação e fique atento aos horários e dias.
Este festival de filmes também proporciona competições entre curtas e longa metragens provenientes de vários países, ou seja, são chances excelentes para você conhecer um pouco a respeito da cultura em geral e apreciar a arte cinematográfica. São dezenas de filmes que concorrem ao prêmio máximo destas categorias e os juízes tem a difícl tarefa de escolher os melhores.
Não só de filmes vive o festival Cinanima. Você conhecerá o livro “O Mistério do Quarto Escuro” da autora Mariana Bento. Este é um livro voltado para o público infantil e que narra com maestria a história do cinema. É muito bom ensinar as crianças um pouco a respeito da arte cinematográfica.
O festival também fez uma homenagem ao importante animador português Artur Correia. Ele é um ícone do cinema e já ajudou a formar vários jovens para trabalhar nesta arte. Você poderá assitir a um grande sucesso dele como “São horas meninos”, entre outros.
Uma dica super importante: já está disponível para IOS e Android o aplicativo Cinanima. É uma boa ideia que você faça o download e fique por dentro das novidades e o que está acontecendo neste importante festival. Agora você não tem mais desculpas para não ficar por dentro dos detalhes de um dos melhores festivais de cinema de Portugal.
                

O Grande Prémio da oitava edição do Festival Nacional de Vídeo de Ovar, no valor de cinco mil euros em material audiovisual, foi atribuído ao filme «Sonotigadores de Tradições», de Tiago Pereira. A obra premiada é uma curta metragem de 20 minutos passada no Castelo do Mogadouro, cenário escolhido pelo realizador para aventuras de uma menina que bebe e de um copo perdido por extraterrestres.


veis para o conjunto e permissa desta crónica são os institutos estrangeiros, como o Cervantes, Goethe ou o Franco-Português. Ou a Videoteca, em Alcântara, que ajuda a promover não novas tendências mas sim novos talentos. De vez em quando, alguém se lembra de promover umas exibições ao ar livre, paraíso dos fumadores e dos aderentes às novidades, porque um ‘drive-in’ ou ‘seat-in’ é sempre diferente, mesmo se o filme é a «Música no Coração».
Sim, as platéias aderiram com entusiasmo à novidade, mas os cineastas e os críticos torceram os narizes. Pudovkin, Eisenstein e Alexandrov publicaram um manifesto contra o som, alertando para o perigo do «teatro filmado». René Clair também fez uma birra. Mas o mais amuado foi mesmo Chaplin: «Os filmes falados? Odeio-os! Vieram estragar a arte mais antiga do mundo, a arte da pantomima. Destroem a beleza do silêncio». OK, ele lá tinha as suas razões para achar que mais valia estar calado. É como observou mais tarde o mordaz Billy Wilder: «Quando Chaplin ganhou uma voz para dizer o que se passava na sua cabeça, foi como se uma criança pusesse uma letra na Nona Sinfonia de Beethoven».
Estávamos mais do que preparados para suspender a descrença durante duas horas e pular a pés juntos para dentro do universo dos jogos de consola tornados película e admirarmos os contorcionismos e os seios digitalmente aumentados de Angelina Jolie. Mas havia uma coisa para a qual nada nos preparara. E essa coisa foi o som, a fúria, os dementes décibeis que atordoaram os nossos ouvidos com a tonitruante pujança dos canhões da guerra de 14-18 ou, mais contemporâneos, os mísseis Tomahawk das guerras do Golfo.
Salazar, que moldou o País ao seu olhar, teve uma peça essencial nessa missão: António Ferro . Um homem brilhante que, através do Serviço Nacional de Informação, pecou pelo facto de tentar impor às pessoas a sua visão do que deveriam ser os filmes. Tal como Salazar, conhecia a força do cinema, a sua influência, a sua capacidade de gerar realidades alternativas. Por isso reforçaram a censura, arma que conduzia, antes de mais, ao auto-constrangimento artístico. Usada e abusada, a censura entrou mesmo em filmes como a « Aldeia da Roupa Branca», bloqueou centenas de filmes estrangeiros e inibiu a criação artística interna.
Hoje, a animação em Portugal esta mais madura, mas enfrenta dificuldades. Sendo um género que, mais do que as longas metragens, carece de subsídios e de um meio ambiente propicio, o encerramento do estúdio Animatógrafo, liderado por Abi Feijó, e as dificuldades que tem sofrido a Casa da animação, no Porto, são sinais visíveis de um ciclo recessivo. A «Suspeita», realizada por José Miguel Ribeiro, em 1999, foi o ponto alto desta arte, quem tem a vantagem de não ter de se subordinar aos meios «reais» do cinema, convidando a percorrer os caminhos das imaginação.
Produzido pela Filmes do Tejo Audiovisuais, «Fleurette» é um retrato documental que tem como título o nome de uma mulher de 79 anos, cujo filho se interroga agora sobre o passado atribulado da sua progenitora. Pouco a pouco, vencendo medos e resistências, as histórias vão surgindo e desvendando um passado até então guardado nas gavetas da memória.
Com organização de Lauro António, a iniciativa tem o nome de «The Wonderful – Cinematógrafo» e integra diversos ciclos cujas obras se aproximam dos espectáculos em curso na sala principal do teatro. Para o realizador, «Esta é uma iniciativa que pretende recuperar a mística de uma época, já que o Jardim de Inverno teve sessões de cinema em 1911, acompanhadas com música ao piano porque eram filmes mudos».